A decisão do governador Camilo Santana
(PT) em prorrogar por mais uma semana o lockdown no Ceará gerou insatisfação em
boa parte dos parlamentares cratenses. O assunto foi tema de debate na sessão
desta segunda-feira, 05, do legislativo municipal.
Inicialmente o presidente da
Câmara Municipal do Crato, Florisval Sobreira Coriolano (PRTB), disse estar
triste com esta medida governamental. Argumentou que o comércio cratense está
sofrendo com estas restrições e sugeriu que houvesse a abertura do comércio no
mesmo horário que o das agências bancárias.
O vereador Marcos Januário (MDB)
foi mais enfático ao dizer que a sua fala não é política, mas de quem já passou
fome. Citou que a classe trabalhadora é a mais penalizada, pois quem vive do
comércio e de serviços não tem outra fonte de renda.
Gabriel Figueiredo (Pros) afirmou
que a situação é extremamente triste com muitas pessoas sofrendo no estado do
Ceará pela falta de recursos para sua sobrevivência. Ele defendeu o fim da
medida de isolamento social.
O petista Pedro Lobo saiu em
defesa de Camilo Santana, argumentando que a decisão foi tomada em colegiado
com pessoas especializadas e de outros poderes públicos. Para ele, não foi fácil para o governador, que tem trabalhado
para amenizar os efeitos causados pela pandemia. Criticou o valor do auxílio
emergencial do governo federal e sugeriu a distribuição de cestas básicas pela administração
municipal. Disse estar esperançoso que a flexibilização acontecerá conforme
anunciado por Camilo.
Marconde da Vila (MDB) disse ser
contrário ao lockdown porque tem prejudicado os comerciantes cratenses e os
trabalhadores. Muitos atendendo de forma “escondida” como se fossem bandidos, o
que é lamentável. Criticou a cultura da população em se deslocar para o centro
comercial com acompanhante fazendo com que as ruas fiquem lotadas. Falou que
não se deve culpar somente o governador, mas a população tem que se
conscientizar.