Quando o assunto é uma unidade
hospitalar, a biossegurança é mais do que necessária, principalmente porque os
riscos envolvem pacientes e também impactam o meio ambiente e sociedade. Até
junho, uma equipe formada pelo Centro de Estudos, Serviço de Imagem e Serviço
Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (Sesmt) do
Hospital Regional do Cariri (HRC), da Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa),
realiza treinamento itinerante com colaboradores para ampliar os estudos de biossegurança
em ressonância magnética. Com as capacitações, haverá redução de falhas,
garantindo maior segurança a quem está internado e aos próprios trabalhadores.
O treinamento, que ocorre
desde abril, contempla todos os setores da unidade, com as equipes multidisciplinares
das áreas assistenciais e de apoio – desde médicos, área administrativa, até as
equipes de higienização e segurança do HRC. “Nosso parque tecnológico é
composto por equipamentos de processamento de imagem para diagnósticos para
toda a Região. Um deles, a exemplo da ressonância, detém uma carga magnética
muito alta e, por esse motivo, ninguém, seja profissional ou paciente, deve
entrar dentro da sala de exames com algum tipo de dispositivo ferromagnético”,
explica Raquel Nicodemos, enfermeira do Centro de Estudos.
Ela afirma que qualquer
material que contenha esse composto, como moeda, prego, eletrodos, marcapasso,
lâmina de bisturi, entre outros, necessita de atenção. “Com esse treinamento,
estamos qualificando nossa equipe para que possa redobrar a atenção ao entrar
ou levar um paciente para dentro do setor”.
A ideia da capacitação surgiu
do Serviço de Imagem após presenciar, na prática, várias situações de
vulnerabilidade tanto para profissionais como para pacientes. “Nossa Emergência
recebe os mais diversos casos por ser uma unidade de alta complexidade. Pela
urgência, muitas vezes o paciente necessita de um exame como ressonância,
porém, a segurança desse paciente começa no preenchimento da ficha,
reconhecendo situações de risco e fatores que indicam o exame, como a
identificação de um marcapasso implantado no paciente ou, em caso de um
policial, se está armado”, pontua Jadielson Veras, técnico em radiologia.
Todos os treinamentos estão
seguindo a instrução normativa nº 59 da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa), que sublinha os requisitos sanitários para a garantia da
qualidade e da segurança em sistemas de ressonância magnética nuclear.
Raquel Oliveira – Ascom HRC